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sábado, 28 de agosto de 2010

Memórias

Estou deitada, sem forças para levantar, sinto-me fraca... A cabeça roda e não tenho a mínima ideia se tenho controle sobre o meu corpo.
Tento balançar as pernas, mas parece que a ligação entre meus neurônios foi cortada e não consigo enviar o impulso necessário para movê-las.
Procuro em minha memória, flashes que me deem alguma chance de lembrar da noite passada.... NADA!
Está tudo vazio, em branco... Mas no fundo da alma, algo me incomoda.
Sinto falta de momentos que não tive, da memória apagada, dos amigos que foram embora, das palavras ditas ao pé do ouvido, dos beijos quentes em noites de inverno, do abraço apertado da mãe dizendo que tudo vai ficar bem...Das risadas arrancadas deliciosamente, das frases ditas no silêncio do olhar, das conquistas, do tempo em que a única preocupação era passar de bimestre, de sentir o cheiro de terra molhada em dia de chuva fina, de dizer eu te amo , de dizer " fica mais", de não ligar para nada, de se preocupar com tudo, dos sentimentos primitivos, da raiva, da dor, e até da saudade.
Ahhh, a saudade.. como dói. Saudade de tudo que já foi e que agora... Só lembrança!
Os flashes voltam, reviro os olhos, sinto uma pontada no peito, levanto-me, olho meu rosto no espelho e me apaixono... de novo !

Gabrielle Beck

sábado, 21 de agosto de 2010

Ahhhhh, o Amor !!!

Folhas em branco sempre me deram um pouco de pânico, por eu nunca ter a mínima idéia do que vou escrever ou por onde começar.
Hoje por exemplo, mil assuntos vagam pela minha mente inquieta e lembro-me de um assunto que uma amiga levantou ontem no happy hour : “Ahhhh, o amor !!!”
Pela explicação dela me encantei por esse fenômeno : frio na barriga, dois seres humanos que acham graça de tudo, coração acelerado, pernas trêmulas, mãos suando aguardando ansiosamente serem tocadas pelas mãos do companheiro... tremores, explosões de sentimento, febre, frio , calor...
No momento senti um aperto em meu peito por nunca ter tido essa reciprocidade nesse quesito. Sempre dei o azar de me apaixonar sozinha ( ou pelo menos achar), ou de não me doar para um outro alguém apaixonado por mim. E como em poucas vezes na vida, senti uma dor, um vazio, quase que uma insignificância na vida.
Tentei buscar em meu HD algum momento que trouxesse um sentimento parecido e nada... Ao contrário, lembrei de todas as vezes em que por medo, por falta de ar, fugi de todas essas emoções...Por desespero de não ter maturidade para suportá-las.
E hoje, felizmente não me arrependo de nada disso, mas vejo pessoas que como eu, que constantemente buscam em seres desconhecidos toda a furtividade, encanto e beleza do primeiro encontro, mas acabam esquecendo que ao contrário do primeiro ; No segundo, terceiro e quarto encontro podemos encontrar outras belezas, basta apenas dar a oportunidade .
Gabrielle Beck