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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ando meio que vagando pelo mundo e não me dou conta das coisas que sinto... Apenas tenho vivido.
Ando desapegada de tudo... Das pessoas que conheço e troco apenas poucas palavras, e não preciso de nada além disso...
Ando introspectiva e acabo vivendo paradoxalmente: querendo tudo e não querendo nada.

Questiono atitudes alheias e me deparo com as minhas, mas não consigo entendê-las... Portanto, esqueço de pensar...

Sentei ontem na esquina e os carros movimentavam-se lentamente..Ouvi certas vozes me dizendo para ir... Quase que fui.. O sinal estava vermelho, vi flashes e depois acordei.. Era um sonho.

E se não fosse!?!? Teria terminado ali, em uma esquina qualquer.. Sem despedidas, sem afeto.. Nem um beijo de despedida em minha mãe e troca de carinho com o pai. Para a minha irmã, teria esquecido de dizer o quanto a amava.. e aos amigos, teria ficado apenas uma lembrança.

Hoje, acabei acordando diferente... Sentei à mesa, tomei café , dei um beijo nos meus pais e saí de casa sabendo que eles teriam a certeza do meu amor.
Se algo acontecer, não me culparei e espero que não o façam, apenas digam o quanto fui boa ( ou pelo menos tentei ser ) e o quanto tentei mudar esse mundo já meio sem jeito.
Se falarem outra coisa, nao digam que é mentira... Afinal, nem só de coisas boas se faz o homem.. Todo ser humano deve manter um lado na sombra, para não assustar aqueles que se aproximam !!!

Gabrielle Beck

sábado, 28 de agosto de 2010

Memórias

Estou deitada, sem forças para levantar, sinto-me fraca... A cabeça roda e não tenho a mínima ideia se tenho controle sobre o meu corpo.
Tento balançar as pernas, mas parece que a ligação entre meus neurônios foi cortada e não consigo enviar o impulso necessário para movê-las.
Procuro em minha memória, flashes que me deem alguma chance de lembrar da noite passada.... NADA!
Está tudo vazio, em branco... Mas no fundo da alma, algo me incomoda.
Sinto falta de momentos que não tive, da memória apagada, dos amigos que foram embora, das palavras ditas ao pé do ouvido, dos beijos quentes em noites de inverno, do abraço apertado da mãe dizendo que tudo vai ficar bem...Das risadas arrancadas deliciosamente, das frases ditas no silêncio do olhar, das conquistas, do tempo em que a única preocupação era passar de bimestre, de sentir o cheiro de terra molhada em dia de chuva fina, de dizer eu te amo , de dizer " fica mais", de não ligar para nada, de se preocupar com tudo, dos sentimentos primitivos, da raiva, da dor, e até da saudade.
Ahhh, a saudade.. como dói. Saudade de tudo que já foi e que agora... Só lembrança!
Os flashes voltam, reviro os olhos, sinto uma pontada no peito, levanto-me, olho meu rosto no espelho e me apaixono... de novo !

Gabrielle Beck